Trekking

Lagoa Comprida-Torre-Lagoa Comprida

 

passadicos.com24,9 quilómetros Moderado     próximo a Sabugueiro, Guarda, Serra da Estrela (Portugal) 

PERCURSO: Lagoa Comprida-Torre-Lagoa Comprida 

Local: Serra da Estrela 
Dia: Domingo, 21 de Outubro de 2012 
Início: 8:00 
Partida/Chegada: Lagoa Comprida 
Distância: cerca de 24,9 km 
Nível de dificuldade: Moderado(a caminhar para difícil) 
Circular: Sim 
Desníveis: acentuados 
Subida acumulada: 986 metros 
Altitude mínima: 1638 metros 
Altitude máxima: 2000 metros 
Sinalização: é necessário um programa de gps que indique o caminho, embora em boa parte do percurso, existam uns montinhos de pedras que nos indicam para onde seguir, mas nem sempre é fácil descobrir essas indicações 
Limpeza do trilho: Excelente 
Exposição solar: Locais com sombra são quase inexistentes, mas também com a temperatura que estava isso não fez diferença 
Pontos de Interesse: Lagoa Comprida, Ruínas perto da Lagoa Comprida, vistas, pequenas lagoa e charcos,Covão Grande, Barros Vermelhos, neve, Marco geodésico do cume, Torre, Covão do Boeiro, Covão do Meio, Lagoa Serrano, Lagoa Covão das Quelhas, Covão D'Alva, Marco Geodésico(Torre), Cântaro Magro, Cãntaro Gordo, Fragão do Poio dos cães | Vale da Candeeira 

BREVE DESCRIÇÂO DO PERCURSO:
Iniciámos o percurso às 8 da manhã, junto à Lagoa Comprida e daí seguimos em direção ao estabelecimento comercial que aí se encontra e depois por uma caminho fácil de percorrer, mas com muitas zonas de muita pedra solta. A temperatura era baixa, não sendo por isso de estranhar muitos locais congelados. Durante este caminho temos sempre uma excelente vista para a Lagoa Comprida, mas também para uma zona de rochedo com alguma neve. Fizemos um desvio à direita de cerca de 1 km para ir ver umas Ruínas, mesmo por detrás da Lagoa Comprida, que acredito que seriam infraestruturas da EDP(ou talvez não). Regressámos ao trilho e continuámos a subir, encontrando sempre várias pequenas lagoas ou meros charcos. O caminho tornou-se depois mais complicado, quando fomos em direcção aos rochedos que anteriormente avistámos com neve. Esta foi a zona mais complicada do percurso, pois existia neve, gelo, mas foi também aí que tivemos a melhor vista para a Lagoa Comprida. Daqui via-se toda a Lagoa Comprida e como pano de fundo estava a Serra do Caramulo. Um pouco mais à frente avistámos a Torre e dirigimo-nos a um marco Geodésico. Daqui fomos em direcção à estrada nacional e seguimos por um caminho em direcção ao Covão do Boeiro e Covão do Meio, onde cortámos à esquerda em direcção à Lagoa do Covão das Quelhas e Lagoa Serrano. Atravessa-se o Covão das Quelhas pelo muro da barragem e depois é subir em direcção à Torre, podendo contemplar-se a vista para a Serra do Açor. Finalmente chegados à Torre, estava na hora de regressar. Inicialmente por estrada até ao cruzamento para Manteigas. Daí para a frente seguimos sempre relativamente perto da estrada em direcção à Lagoa Comprida. O Nevoeiro começou a aparecer, juntamente com alguma chuva e a visibilidade reduziu bastante. Passámos ainda pelas Lagoas das Salgadeiras(acho eu). Já próximo da Lagoa comprida seguimos por um local que levava a água para a Lagoa Comprida e daí seguimos pela Barragem até ao local onde iniciámos a caminhada. 

LAGOA COMPRIDA: 
É a maior das lagoas serranas. 
A sua enorme massa foi aproveitada desde o início do século para a produção de electricidade, tendo o paredão conhecido múltiplos alteamentos para aumento de capacidade. 
Na margem norte existe um caminho que segue pela sua orla, excelente acesso para um pequeno percurso que nos permite apreciar um meio aquático, a uma altitude onde os cursos de água não abundam. 
Este era um antigo glaciar com um quilómetro de extensão. 
Aproveitando o covão, iniciou-se em 1912 a construção da barragem. 
Em 1914 tinha uma altura de seis metros e em 1934 atingia os 15 metros. Actualmente, desde 1965, tem uma altura de 28 metros. 
É uma barragem do tipo gravidade, formada por três arcos de alvenaria de granito com 1200 metros de desenvolvimento. 
A albufeira tem a capacidade de cerca de 12 milhões de m3 de água e inunda uma área de 800.000 m2. 
Aí desaguam dois túneis: o do Covão do Meio, com 2354 metros que desvia a água das encostas da Torre e o do Covão dos Conchos com 1519 metros que desvia as águas da Ribeira das Naves. 

TORRE:
A Torre é o ponto de maior altitude da Serra da Estrela e também de Portugal Continental, e o segundo mais elevado da República Portuguesa (apenas a Montanha do Pico, nos Açores, tem maior altitude - 2351 m). Este ponto não é um cume característico de montanha, mas sim o ponto mais alto de uma serra. A Torre tem a característica incomum de ser um topo acessível por uma estrada pavimentada, no fim da qual há uma rotunda com um monumento simbólico da Torre existindo também um marco geodésico. Diz-se, embora tal não seja confirmado, que o rei D. João VI teria no início do século XIX mandado erigir aqui um monumento em pedra, de modo a completar a altitude até chegar aos 2000 metros. 
O ponto situa-se no limite das freguesias de Unhais da Serra (Covilhã), São Pedro (Manteigas), Loriga (Seia) e Alvoco da Serra (Seia), sendo, por isso, pertença de três municípios: Covilhã, Manteigas e Seia. A Torre também dá o nome à localidade onde está situada, a parte mais elevada da serra. 
A real altitude desta área é de 1993 m, conforme acertos introduzidos por medições realizadas pelo Instituto Geográfico do Exército. Precisamente no ponto mais elevado foi construída a Torre, um marco geodésico que assinala o ponto mais elevado da Serra da Estrela. Há um grande miradouro do qual se observa uma vista desobstruída sobre a paisagem de vales encaixados numa zona de contacto entre xisto e granito, recortados por diversos cursos de água.[2] As temperaturas mais baixas de Portugal são registadas no cume da Serra da Estrela, chegando mesmo a atingir -20°C no inverno 

COVÂO DO MEIO: 
A lagoa do Covão do Meio foi construída no 2.º covão glaciar (a contar de cima) do vale glaciar de Loriga. A título de curiosidade, este vale glaciar é, de todos os vales glaciares da Serra da Estrela, aquele que possui maior número de covões glaciares ("ombilic", como termo técnico) bem definidos e perceptíveis. Ao todo são 4: 
O glaciar terá atingido, no máximo da glaciação, uma extensão aproximada de 7 km e atingiu uma altitude mínima de 800 metros. A erosão provocada pelo glaciar é demais evidente, não só pela existência de um número elevado de covões, mas também pela existência de superfícies rochosas lisas, aborregadas e polida, provocadas pelo efeito "abrasão" da massa de gelo. Estas características geológicas são perfeitamente visíveis na cabeceira do Covão do Meio, bem como a existência de estrias (microformas) nas superfícies rochosas, resultantes da fricção entre a superfície rochosa e os fragmentos que eram transportados/arrastados pela língua glaciar. 
A lagoa do Covão do Meio entrou em funcionamento em 1953. É uma lagoa artificial do tipo “arco de abóbada” que possui um dique de 25 metros de altura (ponto máximo) e uma extensão de 287 metros. Como característica mais evidente desta lagoa, é a existência de um túnel de aproximadamente 2355 metros de extensão, que canaliza a água para a Lagoa Comprida.